domingo, 30 de setembro de 2007

Cortesia natural

O motorneiro do “elétrico” no Largo do Rossio, em Lisboa: “Sim, cavalheiro, este é o elétrico 19, que realmente vai até o Mosteiro dos Jerônimos, mas este aqui não irá lá porque irei recolhe-lo. O próximo elétrico 19 logo virá e o seu conductor terá toda a satisfação em leva-lo até lá”.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Pensamento

Era mais solitário do que um computador sem modem.

domingo, 23 de setembro de 2007

Retirement blues

Sou péssimo aposentado. Não gosto de dormir de dia, não gosto de dança de salão, não gosto de jogar vôlei letárgico com outros velhos e, principalmente, detesto conversar fiado. Meu reino por um emprego!

Descanso dos poetas

18.9.07

No Mosteiro dos Jerônimos, em Lisboa, repousam, perto um do outro, Camões e Fernando Pessoa. Separados apenas por alguns metros de chão e cinco séculos de tempo.

Abaixo a simetria

Toda a riqueza da diversidade nasce nas fronteiras, naquela linha imaginária, física ou filosófica, que separa um sistema de outro. Na natureza não existe ruptura absoluta e sim, uma mudança de estado. É assim na forma como os seres marinhos vieram para a terra firme, como o vácuo faz divisa com a pressão do ar, como a água pode ter superfície. Mas o mesmo acontece também com os pensamentos, atitudes, personalidades, religiões. A vida existe realmente apenas nessas estreitas margens. O mundo não existiria se fosse perfeito, regular, exato, simétrico e puro. O mundo não existiria sem o caos. Por que afinal exaltamos tanto aqueles atributos?