Dorian Gray era Richard Hurdnut, que nunca vi em outro filme. O filósofo mau conselheiro era o cínico George Sanders, cínico mesmo na vida real. Suicidou-se.
A cena maior, para um adolescente romântico, era a da taverna de subúrbio onde Ângela Lansbury cantava “Good Bye Little Yellow Bird”, com a carinha mais inocente e virginal do mundo, no papel da infeliz Sybil Vane. A voz é dela mesmo.
(Hoje mesmo revi este trecho, que pode ser encontrado facilmente no YouTube, mas também aqui, com a qualidade preto e branco de 1945, em
http://video.aol.com/video-detail/angela-lansbury-goodbye-little-yellow-bird/3275026730
Foi o primeiro filme de Ângela Lansbury que também devia ter uns 17 anos. Ficou no cinema até hoje, chegando a fazer papéis importantes, inclusive de cantora, mas nunca excepcionais. Ainda hoje pode ser vista nos late shows, atuando, bem mais robusta, como a escritora-detetive na série sem graça “Murder, She Wrote”, que no Brasil chama-se “Assassinato Por Escrito”.
A cena mais dramática do filme, para mim, era aquela em que Dorian Gray tocava o Prelúdio 24, opus 40 de Chopin quando, em sua mansão, tentava seduzir a menina. Ela vai embora humilhada e desapontada mas quando, já na rua, ouve ao longe o apelo da música, volta correndo para sua desgraça. Sempre ouço esse prelúdio e a imagem da cena sempre também volta... e minha vontade de gritar para ela "Vai pra casa, boba!".
Um comentário:
Tentarei ver o filme. A descrição é deveras instigante.
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